Arquivo da Categoria: medo
a gaiola dourada
Quantas vezes trocamos a nossa própria liberdade por uma gaiola dourada e, vivendo lá, na gaiola, chamamos de livre à vida que vivemos presos. Abdicamos dos nossos desejos, vontades, amores e incertezas pelo conforto das certezas da gaiola , mas aonde não vivemos o que queremos nem como queremos. É o medo da incerteza, do desconhecido e do risco que nos proíbe que darmos um passo, mas, a vida, é sempre um risco, o futuro é sempre desconhecido e incerto. Quem não arrisca não petisca… A liberdade é um dos nossos direitos na vida, a liberdade de podermos optar no que é melhor para nós, de optar pelo que nos fará felizes…
medo #4
Por maior ou por mais infinito que o amor possa ser, o medo pode ser infinitamente maior, minando ou, mesmo, matando algo tão divinamente grandioso e infinito como o amor pode e deve ser. Já o disse antes, o medo é uma brisa que apaga a chama da vida, mas também do amor… e quando essa brisa não é brisa, é um vento forte ou uma tempestade… O medo pode ser nosso aliado, prevenindo-nos de tudo o que há de mau, pode ser a nossa vida mas, pode ser a nossa morte em vida.
medo III
O medo é uma resposta natural na nossa mente e no nosso corpo. Evita que nos magoemos, impede-nos de elementos nocivos ao nosso ser, mas em demasia, impede-nos de viver, bloqueia-nos, isola-nos. O medo em demasia transforma-nos em seres solitários. Vive-se quase num forte protegido de tudo e mais alguma coisa, mas não nos protege do nosso pior inimigo, que somos nós mesmos. Vive-se à luz da vela, com medo permanente da escuridão da vida. A luz da vela é fraca demais para nos deixar sentir a vida como ela é…
medo II
eu XVII
Durante a minha vida, já venci muitos medos, muitas fobias. Já subi muitas montanhas, e já caí de lá de cima. Penso que a cada montanha que consegui vencer a queda foi inevitável, mas continuei a subir, a vencer, a lutar. Agora, depois destas quedas voltei ao princípio das minhas conquistas, com um abismo enorme para transpor, eu mesmo, a minha mente, o meu medo de mim próprio, a minha vontade de me proteger no meu casulo, na minha concha. É o meu pior inimigo, eu mesmo. Sair da concha aonde, agora, me protejo. Sair da concha aonde me sinto miserável mas seguro, talvez imune a sofrimentos. Esse enorme abismo entre o meu ser e a humanidade é, sem dúvida, o meu maior desafio neste momento. Sentir-me capaz de enfrentar este mundo e os seus habitantes, em que em cada ser vejo uma ameaça à minha integridade psicológica, à minha pouca sanidade. É um grande passo para mim, neste momento, mas vou conseguir, tenho de ser capaz…