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Arquivo de etiquetas: Carlos Drummond de Andrade

sofrimento #3

Essas Coisas

«Você não está mais na idade
de sofrer por essas coisas.»

Há então a idade de sofrer
e a de não sofrer mais
por essas, essas coisas?

As coisas só deviam acontecer
para fazer sofrer
na idade própria de sofrer?

Ou não se devia sofrer
pelas coisas que causam sofrimento
pois vieram fora de hora, e a hora é calma?

E se não estou mais na idade de sofrer
é porque estou morto, e morto
é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?

Carlos Drummond de Andrade, in ‘As Impurezas do Branco’

Em qualquer idade há a possibilidade de felicidade como de sofrimento. Não há uma idade para se ser feliz assim como não há uma idade para se sofrer. Talvez possamos viver os sofrimentos e dores de modo diferente quando formos mais velhos, mas o que nos faz sofrer quando somos novos também nos fará sofrer quando formos idosos. Não há idade para o sofrimento, se a causa existir haverá a dor…

 
 

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vida #62

“A cada dia que vivo, mais me convenço que o Desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Carlos Drummond de Andrade

 
2 Comentários

Publicado por em 3 de Março de 2012 em amor, Carlos Drummond de Andrade, vida

 

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riqueza…

“O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.”

Carlos Drummond de Andrade

A verdadeira riqueza desta vida não se encontra num cofre de algum banco, mas sim nesses cofres pessoais que todos temos, esse cofre é o nosso coração e é aí que reside a maior riqueza de todas, o amor. Com esta riqueza, sim, podemos comprar a felicidade… A maior riqueza é aquela que nos faz bem à alma, não é material, apenas espiritual…

 

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vida XXXIX

Qualquer Tempo

Qualquer tempo é tempo. 
A hora mesma da morte 
é hora de nascer. 

Nenhum tempo é tempo 
bastante para a ciência 
de ver, rever. 

Tempo, contratempo 
anulam-se, mas o sonho 
resta, de viver.

Carlos Drummond de Andrade, in ‘A Falta que Ama’

 
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Publicado por em 10 de Setembro de 2011 em Carlos Drummond de Andrade, poesia, tempo, vida

 

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momentos… II

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força consegue destruir.”

Carlos Drummond de Andrade

Momentos, momentos perfeitos que elevam o amor à eternidade, amor que nem o corpo, nem o tempo, nem a morte podem quebrar. Momentos que durante um instante valem mais que a eternidade. A existência é uma soma de pequenas coisas, a vida é uma soma de pequenos momentos.

 
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Publicado por em 20 de Agosto de 2011 em amor, Carlos Drummond de Andrade, tempo

 

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morte V

Nem sabes se és culpado 
de não ter culpa. Sabes 
que morres todo o tempo 
no ensaiar errado 
que vai a cada instante 
desensinando a morte 
quanto mais a soletras, 
sem que, nascido, more 
onde, vivendo, morres. 

Tu? Eu? – Carlos Drummond de Andrade, in ‘A Falta que Ama’ (fragmento)

 
 

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