Nem sabes se és culpado
de não ter culpa. Sabes
que morres todo o tempo
no ensaiar errado
que vai a cada instante
desensinando a morte
quanto mais a soletras,
sem que, nascido, more
onde, vivendo, morres.
Tu? Eu? – Carlos Drummond de Andrade, in ‘A Falta que Ama’ (fragmento)